No sector dos transportes a referência a problemas ambientais é já uma questão de moda. Fica bem e é socialmente apelativo. No entanto, tanta publicidade é apenas utilizada como um meio para aliviar a consciência ambiental colectiva, o que é bastante preocupante.
Segundo a associação ambiental Quercus sobre “Os sete pecados mortais contra o ambiente”, Portugal está a aumentar, cada vez mais, o gasto energético, as emissões, o congestionamento e o ruído, tudo relativamente aos transportes.
Portugal não parece querer implementar as medidas de redução das emissões de gases poluentes, nomeadamente dos responsáveis pelo agravamento do efeito de estufa/alterações climáticas. Com concentrações de alguns poluentes muito acima dos limites da legislação europeia. No que respeita às grandes cidades, o tráfego rodoviário surge como a principal actividade responsável pelo agravamento da situação. Portugal é um dos cinco países que caminha para uma maior insustentabilidade na área dos transportes. (…) Portugal está a meio da tabela no que respeita à utilização do automóvel privado por comparação com outros países europeus, mas é o quarto com maior peso no transporte de mercadorias por via rodoviária.
Nesta fase, é mais do que necessário a evolução dos transportes tendo como principal alteração a forma como estes actuam sobre o ambiente. A ANTROP apresentou, recentemente ao governo um trabalho onde se conclui, que através da implementação de um conjunto de medidas estruturadas, como optimização de redes, formação de motoristas e renovação e adaptação de frota, os ganhos com a redução da importação de petróleo e de emissão de GEE poderão ascender a 868 milhões de euros nos próximos treze anos.
É necessária uma mudança radical e esperamos que com este trabalho apelemos um pouco à consciência das pessoas!
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